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A ITÁLIA DE MARIA CALLAS - Personalidades e suas épocas

 

Ela nasceu em Nova Iorque em 1923 algo por acaso. Seus pais eram gregos e na Grécia ela educou-se. Maria Cecilia Kalogeropoulos tornou-se mundialmente conhecida como Maria Callas, soprano de voz sublime, impressionante prima-dona alcunhada "La Divina" pela imprensa mundial. Ficou célebre também pelo romance que manteve com o grego-nascido-na-Argentina Aristóteles Onassis, um dos homens mais ricos do mundo. Morreu em Paris, de ataque cardíaco, em 1977.

Com todos esses lugares variados em seu currículo movimentado Maria Callas está, contudo, indissoluvelmente ligada à Itália. É da "alma italiana"- expressa no canto lírico - que ela será intérprete inigualável.

Educada para o bel-canto, cedo sua voz límpida e expressiva leva-a para os prestigiosos teatros de Roma, Nápoles, Milão, onde interpretará óperas dos italianíssimos Puccini, Verdi, Bellini e Donizetti, para citar alguns. Na Itália, cantando em italiano com seu timbre de cristal facetado, Maria Callas desabrocha e brilha de tal modo que podemos dizer que ali ocorre um caso de amor: entre a Itália, e a Callas !

Casa-se com o empresário italiano Giovanni Battista Meneghini em 1949 em Verona ( a mais romântica das cidades, cenário de Romeu e Julieta).

Coloca-se sob a orientação artística do maestro italiano Tullio Serafini, o qual dela haverá de exigir disciplina e perfeição absolutas. Maria começa a carreira bem acima do peso, mas após fazer uma dieta realmente "intensa" adquire corpo esbelto, compatível com sua estatura alta, perfeito para desfilar modelos chiquérrimos assinados por Givenchy, Yves Saint-Laurent, Chanel...

Viveu 20 anos na Itália, onde foi publicamente aclamada e endeusada. Tinha cidadania italiana. Chamavam-na "DIVA", contavam lendas e mais lendas sobre "La Callas". O jet-set cobiçava sua presença, qualquer coisa que fizesse virava notícia. Era uma mulher muito bonita, de olhos extraordinários. Portava aquela qualidade impossível de ser aprendida (já que é inata, um presente dos deuses !): a presença cênica dominante. Quando Maria Callas pisava o palco não existia mais nada senão ela...somente ela...

Eis que, lá pelos anos 60 do século XX Maria Callas mergulhará "nas águas" do milionário grego Aristóteles Onassis, armador, dono de imensa frota de navios cargueiros e do fabuloso iate Christina, para seu uso particular. Ele vivia fazendo cruzeiros pelo Mediterrâneo esbanjando dinheiro e ostentando convidados ilustres. Maria e o marido (coitado) foram convidados para um desses passeios. Dizem que foi paixão fortíssima, e que foi recíproca. Tanto que foi por causa de "Ari" que a Diva colocou a carreira em segundo plano e largou o marido... Maria queria viver ! Chega de tanta submissão à la Madame Butterfly... Chega de tanta disciplina.

Há muitas biografias da Callas no mercado. Há documentários variados e até dizem que vem por aí um filme com Eva Mendes no papel da Callas. Ou então será Penélope Cruz. Um dos melhores é o filme "Callas Forever" com Fanny Ardant, dirigido por Franco Zeffirelli ( que foi seu grande amigo, e a adorava). Mas retornando à história real: mais ou menos após uns dez anos de "affair" com Onassis o milionário grego assim meio de repente anuncia o casamento com Jacqueline Kennedy, viúva do presidente Kennedy...

Callas, a Rainha do Scala de Milão - como era chamada , o que equivalia a ser uma "Rainha da Itália" - sentiu-se mortalmente ferida. Aos poucos retira-se da vida pública, vai desanimando, e negligencia aquilo que tem de mais xtraordinário: a voz, seu incomensurável tesouro. No fim da vida, morando em Paris, recebeu a notícia da morte de Onassis. Fica ainda mais arrasada.

Vem a falecer aos 54 anos em 1977, de ataque cardíaco. Sai de cena a Diva das Divas!
Mas deixou milhões de fãs espalhados pelo mundo que homenageiam sua memória com clubes, blogs, livros, eventos, convenções, etc. Houve até o "Ano Callas", em 2007, em Milão: comemorativo dos 30 anos de seu falecimento. Ela possuía um "Diva style" de viver. Amigos! Isto é só para quem pode.

 

Madalena Tavares é escritora e artista plástica,
formada em Psicologia pela UFRJ. Autora
do livro "Asklépius, Orpheus e Phaeton", Tendo
o Sol-Apolo Como Pai".

 

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